quarta-feira, 14 de março de 2012

Na África do Sul, improviso e atrasos criaram alguns pastos

O endurecimento da Fifa em relação às exigências para os gramados da Copa do Mundo no Brasil também é consequência do festival de problemas ocorrido na África do Sul. Em 2010, teve campo que ficou pronto em cima da hora, em alguns casos porque precisou ser reimplantado às pressas. No último Mundial, permitiu-se a colocação de placas de grama, rolos e até grama artificial.
Resultado: tufos de grama se soltaram durante os jogos, houve deficiência de drenagem e, com a sequência das partidas, teve gramado que ficou com aspecto semelhante aos dos campos de pelada.
O problema foi tão grave que, em muitas ocasiões, as seleções foram impedidas pela Fifa de fazer o treino de reconhecimento que precede as partidas, para poupar o gramado.
Disposta a evitar que isso se repita no Brasil, a Fifa aumentou as exigências. Quer o plantio por semeadura ou mudas e que seja feito no máximo quatro meses antes do uso - para fixar melhor no solo - e, de preferência, drenagem a vácuo.
No Mundial sul-africano, o clima frio contribuiu para afetar a qualidade dos gramados. Essa preocupação existe no caso do Brasil, especificamente na Região Sul, onde o frio deve ser intenso na época da Copa. Nas regiões mais suscetíveis à chuva, como Manaus e Recife, a preocupação é com a drenagem. Por isso, a recomendação de que o processo seja a vácuo.
A grama sintética, utilizada em 2010 em estádios como o Peter Mokaba, em Polokwane, e Mbombela, em Nelspruit, foi vetada para o Mundial do Brasil.
Em 2014, poderá ser utilizada apenas nas partes externas do gramado (atrás dos gols e nos locais de aquecimento, por exemplo) ou como base para a plantação do gramado natural, entre a camada de areia e a grama, para ajudar na estabilidade e escoamento de água.
O Estádio Moses Mabhida, em Durban, optou por esse recurso em 2010. Recebeu uma camada de grama sintética a 20 centímetros de profundidade. Mesmo com problemas, foi um dos melhores daquela Copa. / A.L.

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